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1.6.04

Sandoval era um cara sem idéias. Nunca teve uma boa sacada na vida. Na escola seus textos eram os mais óbvios possíveis. Mas seu sonho era ser publicitário. E não foi difícil pra ele passar no vestibular. Mas sua mãe, coitada, vivia tentando desencorajá-lo dessa idéia maluca, tinha medo que o filho fracassasse na profissão que escolheu.
Se formou quase por um milagre - as maiores notas que tinha eram dos trabalhos feitos em grupo. Conseguiu emprego (com muito custo) em uma pequena e nova agência publicitária. Seus anúncios não eram lá grandes coisas e vendiam muito pouco. Sandoval, que não tinha esposa nem filhos, vivia assim. E assim os dias passavam e passavam e passavam. Até que ele teve uma boa idéia. A única boa idéia da sua vida: resolveu apelar e começou a colocar mulheres semi-nuas nos anúncios e se tornou rico por causa disso. Foi um escândalo em 1948.
Pena que já não se fazem bons publicitários como Sandoval...

28.3.04



Marcio era um garoto que seguia as últimas têndencias. Era muito influenciado pelos amigos e sempre se encaixava e mudava de estilos sempre que começava uma nova amizadade. Já foi pagodeiro, boyzinho, heavy metal, do hip-hop e até mesmo do axé. Ele entrava de carne e osso a cada movimento, já teve piercinge e se arrepende de ter tatuado na pele o rosto da moreno do tchan. Hoje ele é um garoto indie, se veste como tal, meio desleixado, ouve músicas estranahas para o ouvido dos pais. Ele é a grande imitação de seus mais recentes amigos. Estes amigos não se importam muito com Márcio, já que nunca o entenderam direito e principalmente por que o rapaz era meio lerdo nos pensamentos não tinha opinião própria e sempre concordava com tudo que os amigos falava, mesmo sendo as coisas mais esquisitas possível. Certo dia, Márcio discutiu feio com os pais e saiu apressado de casa, sem levar nada. Estava andando distraído pela rua a noite e viu do outro lado da rua um grupo de góticos parados em frente ao cemitério. Logo o grupo estava pulando o muro, Márcio ficou admirado com aquelas pessoas e resolveu ir atrás, atravessou a rua correndo e nem se deu do ônibus que vinha descendo a rua a toda velocidade. O motorista ainda tentou freia em vão e acertou o rapaz, matndo o rapaz e deformando totalmente o seu rosto. Ele nem consegui realizar o seu novo sonho de ser gótico, e morreu como indie. Foi levado pro hospital e como ninguém nunca foi reclamar do seu corpo, foi enterrado como indigente. Indie, gente!!!


Pedro era um garoto normal, exceto pelo fato de ele não ter paladar. Aparentemente ninguém notava sua anomalia, nem mesmo ele. A mãe sempre espantava de ele comer de tudo, até os alimentos que ela mesma sempre odiara, mas que fazia bem para a saúde. Ele graças a alimentação equilibrada que sua mãe lhe fizera, e a falata de paladar cresceu bem mais forte que os seus amiguinhos. Já na escola era o mais forte e nãose fazia por rogado em usar esta força para mandar nos seus coleguinhas. Pedro conseguia tudo a força, pegava até os doces dos amigos, mesmo não fazendo a menor diferença para ele. Mas ao invés de comer os doces ele vendia para outros colegas. Logo começou a ganhar dinheiro com isto, e aparecia em sua casa com cada vez mais brinquedos. Ele foi crescendo e continuou praticando esses males com seus colegas. Sua mãe já estava desconfiada de como o moço conseguia tantas coisas, e ele sempre dava a desculpa de que era presente de algum amigo. Um dia sua mãe, desconfiado por demais e com medo de o garoto, já com 18 anos estar envolvido com intorpecentes ilicitos resolve contratar um detetive para seguir o rapaz. Dera a foto do garoto, e assim o detetive passou a persegui-lo. Mas por uma enorme infelicidade o garoto parecia em muito com um outro rapaz, que era dono da bocada na região. O Detetive não teve dúvidas nem avisou a mãe, chamou a polícia e deu o endereço de Pedro. Os policiais prenderam o rapaz em sua própria casa, ele sem entender nada. A polícia também o reconheceu como sendo o traficante procurado a tempo por eles. O rapaz foi preso como sendo o traficante e ninguém conseguia provar o contrário. Sua mãe vive sozinha hoje e vai visitar Pedro todo o sábado no preísdio, que dá graças ao céu por não ter paladar e não sentir o gosto da gororoba do presídio.


Geni vivia numa pequena cidade do litoral. Ela era uma mulher de vida fácil, mas extremamente bondosa. Fazia a alegria de muitos na cidade, cedendo para muito desde de idosos até os garotos virgens do internato, pasando pelos presidiários. Mesmo prestando todos os favores a cidade, ela era desprezada pelos cidadãos, ninguém nunca a respeitou e quando ela passava ativava os xingos dos transeudes e alguns até ameaçava algo mais grosseiro com a moça. O país desta cidade estava em guerra e certo dia um coronel com seu enorme exército, muito maior que a própria população da cidade, invadiu a cidade e ameaçava botar fogo em tudo e destruir a cidade. O coronel, de repente mudou de idéia em acabar com a cidade, mas somente se a moça Geni lhe presenteasse com uma noite de amor. Mas Geni, por incrivel que pareça se recusava a deitar com o coronel, sentia nojo do sujeito e por instantes a cidade não iria ser salva. A cidade que antes a xingava se voltou para Geni, pedindo para que a moça salvasse a cidade. Pediam desculpas mil e perdão por tratá-la tão mal no passado. A moça apesar de seu nojo, e disposta a salvar a cidade resolve ceder a noite de amor ao coronel. Ela foi dominada pelo sujeito a noite toda, e pela manhã quando acordou não havia nem mais coronel nem seu exército. A cidade ficou aliviada e quando Geni finalmente saiu de casa foi recebidas com vaias, xingamentos e até lhe atiraram um monte de esterco.


História piorada de Geni e o Zepelin de Chico Buarque

12.2.04

Planos. Objetivos. Rotina. Acordar. Escrever histórias. Trabalhar. Faculdade. Escrever mais histórias. Fingir que o amor não me faz falta. Que o sexo não me faz falta. Teorias: Jovens. Promiscuidade. Máquinas de fliperama. Mestiras. O verdadeiro amor é uma vez e para sempre. Um dia, ele chegou. Mexeu. Conheceu. Mudou. Machucou. Fugiu. O fim abala, mas a dor passa. Foi só mais uma máquina de fliperama. Luzes atraentes. Insira a moeda aqui. Fast food de prazer. Use à vista, sofra à prazo. Voltar à vida. Escrever histórias. Trabalhar. Faculdade. Rotina. Objetivos. Planos. O amor não me faz falta.

3.2.04


No mais degradante desespero de uma pessoa que claramente não estava nas condições normais de um ser humano. Ao mesmo tempo que corria sem direção certa, dizia palavras sem nenhum sentido. Esperneava, gritava e jogava pra fora toda a alucinação que existia em seu corpo. As mãos trêmulas e o corpo totalmente enfraquecido, ao seu redor apenas alguns curiosos olhando a agonia do homem. Que sem saber ao certo, parecia ver tudo desfigurado e nada parecia ter sentido algum. E no auge de sua loucura e com certeza, mesmo sem saber ao certo o que estava fazendo o pobre homem pulou da ponte para o mar, saiu nadando até eu perde-lo de vista.

27.1.04



Moisés era seu nome de batismo, mas todos lhe chamavam de Fimose. Desde de pequenos todos os seus coleguinhas já chacotavam o pobre do Moisés. Ele nunca foi um menino muito feliz por causa disto. Foi crescendo e o apelido deixou de ser uma cisma das crianças e virou seu apelido para todos na cidade. Aos poucos ele foi se tornando rabugento, e extremamaente pão-duro., pricipalmente depois da morte de seu pai, que lhe rendeu uma pequena fortuna, da qual poderia viver para o resto da vida. Moisés investiu o dinheiro, e ganhou muito mais e ficava cada vez mais sofina. Não ajudava os parentes e amigos necessitados, viva somente com o básico, nem com ele mesmo tinha coragem de gastar um tostão. Suas velhas roupas já estavam em farrapos, e o corpo mal cuidado já tinham muitas perebas, feridas e furunculos. Se tornou solitário, e um dia morreu, de velhice. Não tinha mais família, nem amigos. Descobriram o corpo depois de 3 dias e foi interrado como indigente. Seu corpo foi usado para universitários de medicina, que carinhosamente o apelidaram de Fimose.


Idéia inicial: Banda Graforréia Xilarmônica.

19.1.04

Fernanda sempre sonhou em ser a Cicciolina. Viu pela primeira vez a famosa deputada italiana na TV, desfilando em carro aberto por Roma. O que a surpreendeu foi a imensa quantidade de pessoas que a seguiam, embevecidas pela sua beleza e pela ousadia. O álbum de recortes sobre "sua deusa" que começou aos 13 anos e abandonou aos 22, tem 600 folhas, divididas em 4 volumes. Todo o dinheiro que ganhou com mesadas, empregos de meio expediente e presentes de tios afoitos guardou para a plástica nos seios. Pinta o cabelo de loiro-branco a cada quinze dias. Para alcançar a fama, Fernanda namorou um jogador de futebol, um cantor de pagode e um político nordestino casado (e cassado). Conseguiu aparecer o suficiente para fechar um contrato de capa e página central com a revista masculina mais vendida do país. Na entrevista que acompanhava as fotos (que pouca gente leu), Fernanda confessou seu sonho de infância. Todos os produtores de cinema censurável a convidaram. Ela escolheu um contrato para uma série de filmes levemente eróticos. Agora, só falta uma coisa: Fernanda está procurando um partido político para lançar sua candidatura à Câmara dos Deputados. Ela acha que vai ser fácil. Sempre ouviu dizer que a Itália é o país da Europa mais parecido com o Brasil...

2.1.04

História sem muita imaginação
O garoto era viciado em internet. Ou melhor, viciado em pornografia da internet. Passava horas olhando sites com fotos e pequeno vídeos de sexo e nudez. Adorava especialmente os sites amadores, com mulheres não tão bonitas mas com aquele gostinho de serem aparentemente mais reais. De fato, ele sonhava um dia poder ver - desejo secreto que não contava a ninguém - uma garota que conhecia, num desses sites, principalmente uma das garotas bonitas do bairro. Ah, uma só daquelas garotas bonitas do bairro!
E ele passava o dia inteiro procurando. Procurando, procurando e descansando - se é que vocês me entendem -, por que ninguém é de ferro. Tanto procuro que um dia achou. Olhou e quase não acreditou. Ela estava lá, até que bonita na minha opinião, ainda mais pra idade dela. Mas para ele o sonho havia virado um pesadelo. Sua própria mãe havia enviado fotos amadoras para um desses sites. Fotos tiradas no quarto dela. Fiquei sabendo que ele nunca mais visitou um site não-profissional que fosse.

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