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17.12.03

Júlio trabalha na linha de montagem de uma grande indústria automobilística. Ele recebeu um telefonema a poucos minutos. Seus colegas estão preocupados, pois Fernanda, esposa de Júlio, está prestes a dar à luz. Mas a notícia era boa e foi o próprio diretor da empresa que anunciou. Júlio já havia partido num dos veículos mas rápidos da frota, pois acabara de nascer seu primeiro filho. A gestação fora complicada. Mas todos os especialistas que acompanharam Fernanda nessa época difícil estavam confiantes. Chegando ao hospital, o veículo foi cercado por jornalistas, fotógrafos e curiosos. Alguns policiais tiveram de abrir caminho, pois Júlio é incapaz de usar sua força contra um ser humano, mesmo numa ocasião tão especial. Quando finalmente consegue ver seu filho, ali, deitadinho entre tantos bebês humanos, Júlio se dá conta da importância daquele nascimento, não só para ele, o pai, mas para toda a história dos homens e das máquinas. Emocionado, ele sente seus mecanismos de controle pararem por um segundo. Outro pai se aproxima e Júlio aponta: "Olha ali, o meu filho! Ele é perfeito, um robozinho perfeito! Veja, é meu filho, meu filho!"

Idéia original de Isaac Asimov

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Pensaram que eu mataria alguém? Imagina, é Natal! Chega de histórias tristes! Beijos festivos a todos!

9.12.03

Firmino, corajoso, foi ser cangaceiro. Da primeira vez que viu um bando, ficou a impressão das roupas de couro cheias de bordados e brilhantes, daquelas armas todas, dos chapéus e das mulheres carregados de ouro. Brincava de bandido com os primos, escondido das mulheres da casa. Quando tinha nove anos, um bando passou pela fazenda do pai. Medroso a princípio - a mãe escondera as irmãs, rezava o tempo todo e a avó chorava baixinho - logo pegou confiança e se apresentou: "Quero ir com vosmecês, seu cangaceiro". Os bandidos riram, uma das mulheres douradas o pegou no colo: "Mato não é lugar de menino". Depois que o bando foi embora, apanhou do pai até verter sangue, a mãe fez promessa a Nossa Senhora. Com treze anos, fugiu. Encontrou um bando numa caverna. Apanhou, seguiu-os cego e amarrado por três semanas. Passou o tempo, e Firmino aprendeu a ser homem sem cantar valentia, a ser corajoso sem zombar do medo. Roubava das fazendas ricas, dos ranchos mais pobres só levava o bucho cheio. Seu maior orgulho foi ter matado dois jagunços que tentaram emboscar o chefe do seu bando, o Caboclo. Veio a vontade de arranjar uma mulher, e Caboclo lhe falou de uma prima: "Mulher bonita, cabelo comprido, quase louro. Chama Dulce. Devo-lhe uma, vosmecê se junta a ela." Estavam indo buscá-la os dois, sozinhos, quando caíram em uma tocaia. Firmino entendeu as rezas e os temores da mãe. "Desculpa, Dona Zena", disse, benzeu-se, morreu.

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Leiam também a história do Fabiano aí embaixo, tá fresquinha.


Mary tinha um carneirnho. Ela gostava muito de seu carneirinho, andava com ele como se fosse um cachorro, ele tinha coleira e roupinha, entre outros apatrechos. O carneirinho de Mary também cresceu e se tornou um carneiro, da melhor qualidade. Todas no rancho tinham inveja do carneiro de Mary, pois ele era muito bem cuidado, e tinha muita carne nele. Mas Mary nunca deixava ninguém chegar perto, ele era seu xodó. O tempo foi passando, e a família de Mary ficando pobre, o rancho não dava mais dinheiro, e o rebanho de carneirinhos foi sendo vendido ou usado como comida. O último que sobrou foi o carneiro de Mary. Para evitar o terrivel fim, Mary fugiu de casa com o carneiro, foi para uma floresta. Nesta floresta encotrou uma casa muito estranha, ela era feita toda de doces. Ela entrou, pois estava faminta. Para sua surpresa ela foi capturada por um estranho ser, que a prendeu, matou o carneiro e fez com que Mary o comesse. Ela comeu, toda contente, nem sabia que era o seu carneiro, e ainda pediu por mais. Para sorte de Mary, o estranho ser que a capturou, morreu engasgado com um pedacinho de osso. Ela conseguiu fugir, hoje ela vivi contente e feliz na casa de doces, Mary nem lembra que tinha um carneiro.

Idéia inicial de Thomas Edison


7.12.03



Gildo parecia um ator famoso. Isto é pelo menos o que ele achava que era. Vivia frequentando as mais famosas festas, estréias de filmes e novelas. Sempre arranja um jeitinho de ser convidado. Todo os aotres o conheciam, e eram amigos dele. O que fazia o Gildo pensar que também era um ator, apesar de nunca ter encenado nada na vida. De tanta influência no meio artistico ele conseguiu um papel na tv. Iria participar de um reality show, e lá foi ele. Ele não ganhou, ficou em segundo colocado, o que lhe rendeu um prêmio de R$2.000 e lógico a fama que ele sempre sonhou. Todos na rua sabiam quem era Gildo, saia na rua e dava autógrafos, ele achava um máximo. Hoje, depois de 10 anos, ele não frequenta mais as festas de famosos, ainda vive da fama do passado e seus olhos enchem de lágrimas quando alguém pergunta: Você não é o Gildo, que participou daquele programa...

Idéia inicial da Janinha®


5.12.03

História sem caráter

-Pai, me compra uma personalidade nova?
-Mas por quê?
-Ah, cansei dessa...
-Essa aí tá novinha! Comprei há menos de dois meses...
-Sabe como é adolescência... a gente fica cheia de dúvida sobre o quer quer da vida... Quem sabe o senhor não me compra uma personalidade menos insatisfeita, menos gastadora...
-Na minha época era bem diferente... eu, por exemplo, tive a mesma personalidade por muito tempo. Só mudei depois de casar....
-Ah, paizinho, juro que assim que eu me formar compro uma personalidade novinha, bem bonita pra você. Uma que não seja assm tão pão-dura...

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Tiago tentando algo de diferente nesse blog.
E pedindo desculpas pelo atraso, senhor!

1.12.03

Alfredo era um garoto muito feliz. Ele gostava de soltar pipa, nadar no rio, subir em árvore e brincar de casamento atrás da porta com as menininhas da rua. Um dia, a pipa de um amigo dele enroscou num fio elétrico e ele subiu no poste para pegá-la. Não adiantou nada, mas mesmo assim sua mãe chamou a ambulância. Alfredo morreu com 13 anos, da parada cardíaca causada pelo choque elétrico. Um de seus tios era advogado, e convenceu os pais de Alfredo a processar a companhia de energia elétrica da cidade. Reportagens em todos os jornais da cidade e até no Jornal Nacional. O público mobilizou-se, fez protestos, passeatas. A família de Alfredo foi indenizada, e seus pais compraram um grande terreno baldio da cidade, onde os meninos podem soltar pipas sem temer os fios de alta tensão.

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Sharon Caleffi se apresentando ao serviço, senhor!

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